Marília fala também sobre a importância do ballet, uma de suas grandes paixões, na sua formação artística e conta o tipo de papel que considera mais desafiador. “ Viver personagens que já foram grandes divas é mais difícil, porque existe o imaginário na cabeça do público e é preciso corresponder a ele”, explica. A atriz revela também um episódio delicado que enfrentou durante a ditadura militar brasileira. Em 1968 ela e o elenco da peça “ Viva”, de Chico Buarque, foram torturados pelo Comando da Caça aos Comunistas depois de uma apresentação em São Paulo. Marília explica que sequer entendeu o porquê de passar por essa situação, pois não acompanhava o cenário político da época nem era engajada em nenhum movimento ou partido.
Perguntada sobre um dos temas expostos por ela no “Cartas a uma Jovem Atriz”, Marília Pêra afirma que se considera uma pessoa muito frágil e que essa não é uma característica comum em sua profissão. “Me comovo com muita facilidade, tem uma menina frágil dentro de mim. Acho que vou morrer assim”, diz. Nos próximos episódios de “Grandes Atrizes”, Bianca Ramoneda entrevista Marieta Severo, Renata Sorrah e Irene Ravache.
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